sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pornografia na palma da mão

Um dos aspectos mais interessantes, destacados por ele, é o fato de que aproximadamente 52% da pornografia absorvida em 2013 se deu por aparelhos móveis, como smartphones, e outros 10% em tablets.
Challies interpreta esses dados, apontando para a realidade de que a maioria do consumo de pornografia hoje não se dá nos desktops, ou mesmo nos notebooks. Ele aproveita e desenvolve uma interessante reflexão sobre os riscos de colocar um aparelho desses nas mãos de nossas crianças e adolescentes de maneira inadvertida.
A graça comum colocava freios quando a pornografia era acessada no desktop – bastava colocar “o computador da casa” (na época em que se tinha apenas um) em um lugar mais público, como a sala, e o problema diminuiria consideravelmente. A pornografia ainda poderia ser vista, mas era necessário tanta articulação, planejamento, silêncio, etc., que, de fato, ajudava bastante ter o computador nesse ambiente.
Mas chegaram os notebooks, e com eles, uma nova relação entre humanos e máquinas. A intimidade cresceu, e passamos a andar com os computadores para todos os lados, e tê-los em nossos quartos, em nossas escrivaninhas e camas. Para adolescentes, jovens, e mesmo homens e mulheres casados, ficou mais fácil ter acesso a textos, imagens e vídeos pornográficos. Ainda assim, o relacionamento com o notebook exige alguma paciência e desconforto – peso, tamanho, qualquer barulho do processador, etc. Barreiras simples como o tempo de ligar o notebook poderiam desestimular alguém de seguir seus desejos.
E então vieram os tablets e smartphones. Cada vez mais avançados, com capacidade de visualizar imagens e vídeos em alta resolução, ler textos com tamanho confortável, utilizar câmera integrada, dentre tantos fatores, tais dispositivos aumentaram ainda mais a intimidade do ser humano com a máquina, e viabilizaram um nível de privacidade até então desconhecido.

E assim chegamos ao resultado da pesquisa. A facilidade criada por tais meios os tornou o principal caminho para a pornografia. E mesmo os softwares para proteção criados para notebook não têm impacto sobre os aparelhos menores.
Esta é uma séria questão para considerarmos. Comprar aparelhos para nossos filhos – e para nós mesmos! – deve levar consideração os riscos que eles podem trazer.
Não rejeito nenhum dos benefícios da inovação tecnológica. Aproveito demais meus brinquedos: desktop, notebook, tablet e smartphone. Mas se eu me desligar por um minuto dos seus riscos, serei o próximo a cair na armadilha.
Por que você não conversa seriamente com seus filhos, marido, esposa, etc., sobre esta questão? A provocação do Challies é muito válida.
Fonte:  http://allenporto.wordpress.com 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Um homem que viveu de forma plena


Reverendo Hernandes Dias Lopes

Estêvão foi o primeiro diácono da igreja primitiva e também o primeiro mártir do Cristianismo. Foi um homem que viveu de forma plena. Era cheio do Espírito Santo, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio de poder. Estêvão viveu de forma superlativa e morreu de forma exemplar. Sua vida inspira ainda hoje milhões de pessoas. Seu legado atravessa os séculos. Sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos e suas obras ainda nos deixam perplexos.
Seu discurso diante do sinédrio é o sermão com o maior número de citações bíblicas de toda a Escritura. Embora tenha sido eleito para a diaconia das mesas, exerceu também a diaconia da palavra. Conhecia a palavra, vivia a palavra e pregava com poder a palavra. Sua serenidade diante da perseguição era notória. Sua coragem para enfrentar a morte era insuspeita. Enquanto seus inimigos rilhavam os dentes contra ele, seu rosto transfigurava como o rosto de um anjo.
Mesmo sendo apedrejado pelo seus algozes, orou por eles, à semelhança de Jesus. Em vez de evocar sobre eles a maldição, pediu a Jesus para não colocar na conta deles seus próprios pecados. Perdão e não vingança era o lema de sua vida. Três marcas indeléveis distinguem esse protomártir do Cristianismo.
Em primeiro lugar, sua vida era irrepreensível (At 6.3). “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço”. Estêvão era homem de boa reputação. Seu caráter era irrepreensível e sua conduta ilibada. Era homem impoluto e sem falhas. Sua vida referendava seu ministério. Sua conduta era a base do seu trabalho. Seu exemplo, o fundamento de sua liderança espiritual. Estêvão viveu o que pregou. Não havia nenhum abismo entre suas palavras e suas obras. Era íntegro e pleno.
Em segundo lugar, suas palavras eram irresistíveis (At 6.10). “E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava”. Por ser um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de fé, de graça e de poder, Estêvão era boca de Deus. Cada palavra que saía de sua boca tinha o peso de uma tonelada. Seus inimigos podiam até discordar dele. Jamais refutá-lo. Estêvão tinha conhecimento e também sabedoria.
Tinha luz na mente e fogo no coração. Suas palavras eram ao mesmo tempo ternas e doces e também fortes e cortantes. Ao mesmo que trazia cura para os quebrantados, feria os de coração endurecido; ao mesmo tempo que confortava os aflitos; perturbava os insolentes.
Em terceiro lugar, suas obras eram irrefutáveis (At 6.8). “Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Estêvão pregava aos ouvidos e também aos olhos. Falava e fazia, ensinava e demonstrava. Suas obras testificavam de suas palavras irresistíveis. Por ser um homem que vivia cheio do Espírito, de fé, de sabedoria, de graça e de poder, Deus operava por meio dele grandes milagres.
Os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para testemunhá-lo. Muitos estudiosos da Bíblia afirmam que a vida irrepreensível de Estêvão e o seu poderoso testemunho na hora da morte impactaram decisivamente o coração de Saulo de Tarso, que mais tarde, convertido a Cristo, transformou-se no maior bandeirante da fé. Que Deus nos dê homens do mesmo calibre de Estêvão, homens que ousem viver de forma plena num mundo cheio de vazio.
                                                                              
Fonte: http://lpc.org.br -  LPC