terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um governo de contradições; ou: bater não pode, só matar


Por rev. Milton Jr.*



“Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que País é este?” cantava a banda Legião Urbana, no início da década de 80. Mais de 30 anos se passaram desde que a música foi escrita e as coisas só têm piorado. São notórias as contradições do atual governo brasileiro.
O governo já passou por cima da Constituição Federal que reconhece como “família” a união estável entre “o homem e a mulher” (Art. 226 § 3º) e afirma que “os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher” (Art. 226 §5º - grifos meus), ao reconhecer a união estável para pessoas do mesmo sexo.
Ele também luta para aprovar o Projeto de Lei 122, que apesar de, com as modificações do novo substitutivo, permitir “a manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião de que trata o inciso VI do art. 5º da Constituição Federal” (PL 122, art. 3º) retira dos pais, por exemplo, o direito de não contratar uma babá homossexual para seus filhos, sob pena de um a três anos de reclusão por discriminação (art. 4º), além de outros problemas.
Na última quarta-feira (14/12/11) o governo deu mais um passo para a ingerência no âmbito familiar. A comissão especial da Câmara, criada para discutir a chamada “Lei da Palmada”, aprovou por unanimidade o projeto de lei que criminaliza o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, além de prever multa de 3 a 20 salários mínimos a médicos, professores e ocupantes de cargos públicos que não denunciarem “casos de agressão”, restando agora a aprovação pelo Senado. Seria cômica, se não fosse trágica, a ironia de que a lei parte de um governo pró-aborto. Ou seja, para o atual governo os pais têm direito de matar o seu filho, ao escolher abortar (e graças a Deus ainda não conseguiram aprovar essa lei), mas não têm direito de dar umas palmadas, caso sejam necessárias para a correção.
Os cristãos, apesar de terem de se submeter às leis do País, têm o seu próprio livro de Leis, a Escritura Sagrada. Nela aprendemos que, em alguns momentos, a correção física é necessária (Pv 13.24; 22.15; 23.13-14; 29.15). É claro que o cristianismo não é a favor da violência e é justamente por isso que o Senhor adverte: “Castiga o teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo” (Pv 19.18). Pais crentes, que querem o bem dos seus filhos, diante da lei do governo caso seja aprovada pelo Senado, devem continuar obedecendo ao Senhor e fazer aquilo que a Bíblia ordena, pois “importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).
O governo já permitiu, em nome da liberdade de consciência e crença garantida pela Constituição, que o chá alucinógeno do “Santo Daime” seja consumido pelos adeptos do movimento, a despeito da lei que proíbe o uso de drogas. Se fosse coerente, permitiria também aos pais cristãos que colocassem em prática a sua crença, no que diz respeito à educação dos filhos conforme as Escrituras, mas como é um governo de contradições, não podemos contar com isso, antes, devemos estar prontos a sofrer por causa da justiça de Deus (Mt 5.10; 1Pe 3.14).
Os pais cristãos devem continuar primeiramente amando a Deus e depois aos filhos, a fim de cumprir na vida deles o papel ordenado pelo Senhor. Devem ser amorosos, padrão para os filhos, ensinando-os na Lei do Senhor e corrigindo-os quando necessário a fim de que sejam semelhantes ao nosso Redentor, ou correr o risco de ver os filhos sendo motivo de vergonha, quem sabe até como um deputado que legisla de forma tão vergonhosa, pois “a vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar sua mãe” (Pv 29.15).
Ao mesmo tempo devemos proclamar à nossa sofrida nação e seus governantes o que cantou de forma poética João Alexandre: “Brasil, há uma esperança, volta teus olhos pra Deus, justo Juiz”.
Que Deus tenha misericórdia da nossa nação!
*Rev. Milton Jr. é pastor na Igreja Presbiteriana em Praia do Canto - Vitória (ES).

 Fonte: www.ipb.org.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu comemoro o natal sim

Por
Rev. Mauro Aiello*

Por que será que ainda há, entre nós aqueles que se apegam a coisas tão pequenas? Não sabemos exatamente o dia em que Jesus nasceu, é verdade. Mas porque isso iria me impedir de comemorar o seu nascimento? Desde pequeno vibro com a montagem da árvore de Natal e nunca vi nenhum demônio escondido atrás dela.


Minha fé nunca foi abalada, pelo contrário ela cresceu forte ao embalo pedagógico das repetidas vezes em que minha família cristã comemorou o Natal. Nunca deixei de amar o meu Salvador só porque dizem que a origem da festa de Natal é pagã. Ela não pode ser uma festa pagã porque nela eu comemoro o nascimento do meu Salvador.


Tem gente ainda cometendo o equívoco de coar mosquito e engolir camelos (Mateus 23.24). Eu não comemoro a Páscoa porque ela é uma festa judaica, mas eu comemoro a ressurreição do Cordeiro Pascal, aquele de quem disse João Batista: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29).


O que seria de mim se Jesus não tivesse nascido? O que seria do mundo sem a linda história do Natal de Jesus? Seria possível cantar algo tão lindo como Aleluia de Handel ou Jesus a Alegria dos Homens de Johann Schop, se Jesus não tivesse nascido? Ora, confessemos; contamos a história com os famosos AC e DC. Como a contaríamos se Jesus não tivesse nascido?


Foi por isso que, por boca do profeta Isaías, Deus se pronunciou nos seguintes termos: “Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios”. (Isaías 9.1)


Quando chega essa época do Natal parece que certo encanto toma conta das ruas, das lojas, dos shoppings, das vielas, dos lares, das avenidas, dos prédios, das Igrejas. Não haveria isso tudo se Jesus não tivesse nascido e por mais que o tempo passe há sempre um remanescente fiel que acende a chama que parecia se apagar comemorando o seu nascimento.


Noite Feliz, é a canção que sempre cantamos nessa época do ano. Não haveria essa canção se Jesus não tivesse nascido. O que cantaríamos?  Oh! Que linda história é a história do nascimento do meu redentor. Oh! Como eu gosto de cantá-la, de ilustrá-la com encenações e poesias.


Meu netinho Gabriel entrou na sala de casa. Ela está toda decorada com tudo aquilo que lembra que é epoca do Natal. Ele olhou, arregalou seus olhinhos de uma criancinha de apenas três anos, sorriu com um brilho especial em seu rosto e disse: - Que maravilhoso! Quando chegou a noite e ascendemos as luzes que decoram a varanda e a garagem da casa onde moramos, ele disse à minha esposa: - Vovó, como está lindo! Isso mesmo, tudo que lembra o Natal de Jesus, é lindo, maravilhoso. Isso porque Jesus nasceu. Que mundo sem graça, em duplo sentido, seria esse mundo sem Jesus.


Já dei muitas voltas no quarteirão da vida. Já vivi cinqüenta e sete natais. Já cantei muitas músicas de Natal, e a magia é sempre a mesma, o encanto o mesmo, a alegria e a esperança se renovam, o coração acelera. Deus nos livre de vivermos em um mundo sem a comemoração do Natal de Jesus.

*Rev. Mauro Sergio Aiello é pastor na Igreja Presbiteriana de Mogi das Cruzes - São Paulo


Fonte: www.ipb.org.br 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Amando a Deus e a família na ordem certa


Os Dez Mandamentos devem ser aplicados em todas as áreas da sociedade, especialmente na família. A Lei Moral são princípios absolutos, imutáveis e universais, ou seja, ela sempre será verdade em qualquer cultura, em todas as épocas e em todos os lugares. Não importa a geração, nem mesmo a experiência ou a falta de maturidade de vida, a Palavra de Deus dura para sempre e eternamente será reguladora para determinar como devemos viver de modo agradável diante de Deus.

O primeiro mandamento do Decálogo determina que não devemos amar ninguém acima do SENHOR Deus. Esta é uma ordem que não pode ser negociada. Somos devedores do cuidado que nossos pais dispensaram a nós. Numa outra relação, também temos um vínculo afetivo intenso com os nossos filhos, mas isso não seria motivo para amá-los acima do Senhor.

A tendência natural de supervalorizar os nossos pais e filhos acima das outras pessoas comuns é uma forma saudável de amá-los. Entretanto, isto torna-se numa atitude perigosa, quando os colocamos acima de Deus. Por isso, o nosso Senhor exige um amor exclusivo que é dEle, numa relação incomparavelmente superior em intensidade e qualidade. Isto significa que devemos amar, temer e obedecê-Lo prioritariamente acima de qualquer pessoa que valorizamos, mesmo que sejam nossos pais, ou os nossos filhos. O Senhor Jesus nos adverte declarando que "quem ama seu pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10:37).

Como advertência lembremos do negativo exemplo do sacerdote Eli e os seus dois filhos, Hofni e Finéias (1 Sm 1:3-4:18). A profecia contra a casa de Eli foi terrível por causa da gravidade do seu pecado, isto é, ele idolatrava os próprios filhos. Deus reprovou o sacerdote, dizendo: "por que pisais aos pés os meus sacrífcios e as minhas ofertas de manjares, que ordenei se me fizessem na minha morada? E, tu, por que honras a teus filhos mais do que a mim, para tu e eles vos engordardes das melhores de todas as ofertas do meu povo de Israel?" (1 Sm 3:29). Qualquer sentimento por nossos filhos que supere o nosso amor e temor pelo SENHOR torna-se numa disposição ou ato de idolatria contra Deus.

A Escritura Sagrada narra a submissão de Abraão pelo SENHOR, quando Ele exigiu que o pai da fé sacrificasse Isaque sobre o monte Moriá (Gn 22:1-19). O amor e devoção de Abraão estava acima de tudo, direcionada para a glória de Deus. Ele foi honrado pela sua obediência. O Anjo do SENHOR lhe disse: "jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho" (Gn 22:16). Por serem nossos filhos herdeiros da Aliança, devemos conduzi-los como eles são: do Senhor Deus.

Você deve amar os seus filhos e os seus pais, entretanto, adoração é algo que somente Deus merece. Não podemos obedecer aos nossos pais, se eles exigirem que façamos algo contrário à Palavra de Deus. Do mesmo modo, não devemos satisfazer aos caprichos dos nossos filhos, mimando os seus desejos pecaminosos, isto é uma forma de idolatria, porque desonramos voluntariamente a ordenança de Deus de sermos santos, e de consagrarmos tudo a Ele, em todas as circunstâncias, em especial, a nossa família. Não coloquemos a nossa família em perigo, lembre-se: Deus odeia a idolatria!

Os nossos pais e filhos precisam ter certeza de que em nossos relacionamentos estarão seguros, não porque os amamos acima de qualquer um, ou de todas as circunstâncias, mas sim, porque amamos ao Senhor sobre todas as coisas.


Autor:  Ewerton B. Tokashiki

Fonte: http://bibliacomisso.blogspot.com/