sábado, 24 de novembro de 2012

Por que Relutamos em Pregar o Evangelho?



Jerram Barrs, em seu livro “A Essência da Evangelização” (Editora Cultura Crtistã) demonstra que, em geral, somos relutantes para pregar o evangelho às pessoas. É fácil perceber isso. Procure se lembrar agora da última vez em que a igreja foi convocada a evangelizar o bairro. Quantas pessoas participaram? Qual a porcentagem da igreja que se envolveu no projeto? Procure se lembrar de quando foi oferecido curso de evangelismo na igreja. Quantas pessoas mostraram interesse? Apenas uns quatro ou cinco. Isso é ou não é relutância?

O nosso problema é que nossa relutância não combina com a natureza das obras de Deus para alcançar os pecadores. Deus não é relutante em perdoar pecados e em salvar pecadores aos quais ele amou soberanamente. Ele, pela sua graça, escolheu, antes da fundação do mundo, os alvos de seu bem-querer, enviou seu Filho para morrer no lugar deles, enviou o Espírito Santo para, em ocasião própria, chamar de forma eficaz os seus amados das trevas para a luz, derrotou o inimigo que antes escravizava e consumará a obra de salvação no último dia para o louvor da glória da sua graça, ressuscitando os que já partiram com Cristo e transformando os que estiverem vivos quando Jesus voltar.

Deus não é relutante, mas a igreja o é. Quando Jesus ascendeu às alturas, disse que os discípulos seriam suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia, em Samaria e até os confins da terra (At 1.8). No entanto, a igreja só se espalhou quando ocorreu a dispersão em consequência da terrível perseguição chefiada por Saulo. Assim o evangelho chegou a Samaria e outras partes do mundo. Mas por que precisaram de uma perseguição para sair pregando o evangelho? Bastava obedecer à ordem de Cristo. Deus não é relutante em espalhar a mensagem do evangelho. Você já reparou como o Senhor conduziu cada passo de Filipe até que ele pregasse ao eunuco? (At 8.26,27). O problema a igreja de Jerusalém naqueles dias é o mesmo do nosso hoje: a relutância em pregar, talvez por timidez, vergonha, tipo de personalidade, culpa paralisante, mas a razão verdadeira é que somos pecadores e sujeitos a esse tipo de torpor espiritual. Deus não quer que sejamos relutantes no cumprimento da sua missão de encher a terra com a sua glória.

É hora de percebermos que a relutância em evangelizar é absolutamente incompatível com a graça do evangelho! Pensemos na beleza do evangelho. Ele é o poder de Deus em operação para a salvação de todo o que crer, independente da nacionalidade. É Deus tomando a iniciativa de ir atrás do pecador morto em seus pecados e incapaz de se aproximar, envolvendo-o com seu Espírito vivificador, que lhe dá compreensão da magnitude da obra redentiva realizada por Cristo na cruz do Calvário. Poder participar do processo de salvação de uma pessoa é um privilégio! Então não sejamos relutantes. Sejamos prontos a atender ao mandamento do Senhor de sermos sal e luz neste mundo mergulhado em trevas e sem sentido. Ore, use a Bíblia, seja claro ao dizer o que Deus fez para nos salvar do juízo, ajude seu próximo a refletir sobre sua vida com Deus, use a sua maneira de viver como testemunho poderoso da obra de Deus.

Concluindo, longe de nós a relutância para evangelizar. Preguemos, não movidos por sentimento de culpa ou por constrangimento, mas pela alegria de ser cristão, que é a melhor coisa do mundo. Sejamos relutantes, mas apenas em desobedecer a Deus. Que a sua graça esteja sempre sobre nós!

Pr. Charles
Fonte: http://bibliacomisso.blogspot.com.br/

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Uma Exortação Para Amar a Deus [1/6]


1. Uma exortação

Deixem-me energicamente persuadir todos aqueles que carregam o nome de cristãos a se tornarem amantes de Deus. “Amai o SENHOR, vós todos os seus santos” (Sl 31.23). São poucos os que amam a Deus: muitos Lhe dão beijos hipócritas, mas poucos de fato O amam. Amar a Deus não é tão fácil quanto pensa a maioria. O sentimento do amor é natural, mas a graça do amor não o é. Os homens são, por natureza, odiadores de Deus (Rm 1.30). Os ímpios fogem de Deus; eles não se submetem às Suas ordenanças, tampouco se põem sob Seu alcance. Eles têm medo de Deus, mas não O amam. Toda a força que há nos homens ou nos anjos não é capaz de fazer o coração amar a Deus. Ordenanças não podem fazê-lo por si mesmas, tampouco a ameaça de condenação; é apenas a força todo-poderosa e invencível do Espírito Santo que pode infundir o amor dentro de uma alma. Sendo esse um trabalho tão difícil, somos chamados a empregar a mais fervorosa oração e a nos empenharmos em buscar essa bela graça do amor. A fim de excitar e inflamar os nossos desejos por ela, eu hei de prescrever vinte motivos para amar a Deus.

(1) Sem amor, toda a nossa religião é vã. Deus não atenta para o dever, mas para o amor ao dever. A questão não é o quanto nós fazemos, mas o quanto nós amamos. Se um servo não faz o seu trabalho voluntariamente, e cheio de amor, sua obra não é aceitável. Deveres executados sem amor são tão insuportáveis para Deus quanto são para nós. Assim, Davi aconselhou o seu filho Salomão a servir a Deus com uma alma voluntária (1Cr 28.9). Cumprir um dever sem amor não é um sacrifício, mas uma penitência.

(2) O amor é a mais nobre e excelente graça. É uma chama pura acendida dos céus; por meio dela nós nos refletimos a imagem de Deus, que é amor. Crer e obedecer não nos torna semelhantes a Deus, mas pelo amor nós crescemos em semelhança a Ele (1Jo 4.16). O amor é a graça que mais se deleita em Deus, e é a graça na qual Deus mais se deleita. Aquele discípulo que estava mais cheio de amor foi o que pôde inclinar-se em seu peito. O amor põe um frescor e um brilho em todas as graças: as graças parecem ficar apagadas, a menos que o amor brilhe e lampeje nelas. A fé não é verdadeira, a menos que atue pelo amor. As águas do arrependimento não são puras, a menos que fluam das fontes do amor. O amor é o incenso que torna todos os nossos serviços agradáveis e aceitáveis a Deus.

(3) Acaso é desarrazoado o que Deus requer de nós? Não é outra coisa, senão o nosso amor. Se Ele pedisse nossas propriedades, ou o fruto de nossos corpos, poderíamos negar-Lhe? Mas Ele pede apenas o nosso amor: essa é a única flor que Ele há de colher. Acaso é esse um pedido difícil? Houve em alguma época uma dívida tão facilmente pagável quanto essa? Nós de maneira alguma empobrecemos ao pagá-la. O amor não é um fardo. Acaso é algum trabalho para a noiva amar o seu esposo? O amor é um deleite.

(4) Deus é o mais adequado e perfeito objeto de nosso amor. Todas as excelências que se mostram dispersas nas criaturas estão unidas Nele. Ele é sabedoria, beleza, amor, sim, a própria essência da bondade. Não há nada em Deus que possa causar repugnação; a criatura facilmente provoca náusea, ao invés de satisfação, mas em há infinitas e renovadas belezas cintilando em Deus. Quanto mais nós desfrutamos de Deus, mais somos arrebatados pelo deleite.
Não há nada em Deus que amorteça as nossas afeições ou apague o nosso amor; nenhuma debilidade, nenhuma deformidade que possa enfraquecer ou esfriar o amor. Em Deus há tal excelência capaz não apenas de pedir, mas de ordenar o nosso amor. Se houvesse ainda mais anjos no céu do que há, e todos aqueles gloriosos serafins tivessem uma imensa chama de amor queimando em seus peitos por toda a eternidade, ainda assim eles não seriam capazes de amar a Deus em equivalência àquela perfeição infinita e bondade transcendente que há Nele. Certamente, então, aqui há o bastante para nos induzir a amarmos a Deus – nós não poderíamos despender o nosso amor em um objeto mais excelente.

(5) O amor facilita a religião. Ele lubrifica as engrenagens das afeições, tornando-as mais vigorosas e alegres no serviço de Deus. O amor lança fora o tédio do dever. Jacó considerou como nada os sete anos que trabalhou, em razão do amor que tinha por Raquel. O amor transforma o dever em prazer. Por que os anjos são tão dispostos e velozes no serviço a Deus? É porque eles O amam. O amor jamais se cansa. Aquele que ama a Deus jamais se cansa de dizê-lo. Aquele que ama a Deus jamais se cansa de servi-Lo. 


Por Thomas Watson. Original: A Divine Cordial By Thomas Watson 
Tradução: voltemosaoevangelho.com 
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fotos - Encontro de UPHs do PNOB 2012

No último final de semana (10 e 11 de novembro), aconteceu na Igreja Presbiteriana de Mairi -Ba, o Encontro de Homens que fazem parte da federação de UPHs do Presbitério Noroeste da Bahia. Foram momentos de edificação e comunhão!
Deus abençoe os homens do nosso presbitério, enchendo-lhes de sabedoria e determinação para trabalharem em favor do Evangelho!

"Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados." (Salmo 84. 5)
 Fotos:




quarta-feira, 7 de novembro de 2012

John Piper – Como o Prazer Cristão transforma a batalha contra o mal




O Prazer Cristão muda nossa resposta ao mal. Jeremias 2:13: Aqui está a definição do Prazer Cristão  para o mal.
“Dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.”
O que é o mal? A preferência suicida por poços vazios em detrimento do rio de deleite fluindo do céu. Isso é mal! Então, minha batalha contra o mal não é dizer constantemente: “Não, não, não, não! Mau, mau, mau, mau!” Não há poder nisso! O poder da carne vindo contra você, o poder do diabo vindo contra você, e você vai exercer sua força de vontade e fazer disso a sua vitória? Não! Você não vai!
Uma coisa lhe dará a vitória: Fé é a vitória que vence o mundo, e fé é estar satisfeito com tudo o que Deus é para nós em Jesus. Você tem que bater nessa tecla toda manhã para que os males que tentam agarrá-lo percam suas presas. “Você não pode me pegar. Eu vi a Jesus nesta manhã.” Luxúria, você não pode me pegar. Avareza, você não pode me pegar. Temor dos homens, você não pode me pegar. Amargura e raiva, vocês não podem me pegar. Eu vi a Jesus nesta manhã.
A batalha contra o mal é totalmente transformada pelo Prazer Cristão. 

Por John Piper © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org. Original: How the Battle Against Evil Is Transformed. Trecho da pregação: God Is Most Glorified in Us When We Are Most Satisfied in Him 
Tradução: cedido gentilmente por Alan Cristie – Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: Como o Prazer Cristão transforma a batalha contra o mal