A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização,
privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias,
muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é
relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um
tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na
lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está
nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo
muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude
tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir
algumas decisões:
Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos
Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus,
ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as
pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as
coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que
valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de
Mamom e se esquece do Deus vivo.
Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice
de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas
ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos.
Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge.
Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para
os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta
profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais
podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos
saudáveis.
Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos
pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos
amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar
essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de
presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro
compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são
nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que
pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma
rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido
motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior
legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a
eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.
Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos
numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam
cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam
que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam
relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice.
Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes
do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina
harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.
Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas
urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o
que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do
urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a
família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses
relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas
passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro
lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos
serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com
Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos
nesse mar profundo da pós-modernidade!
Por. Rev. Hernandes Dias lopes
Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br
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